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Eleições 2024: Mangaratiba é campeão no país em transferência massiva de eleitores com suspeita de fraude

Mais de 80 municípios brasileiros têm eleições com indícios de compra de votos


A promotora Débora de Souza Becker Lima flagrou uma compra de voto da janela do seu escritório.
A promotora Débora de Souza Becker Lima flagrou uma compra de voto da janela do seu escritório.

A promotora Débora de Souza Becker Lima flagrou uma compra de voto da janela do seu escritório.

 

Mal acabaram as eleições municipais de 2024, e as suspeitas de fraude começaram a pipocar, com indícios de compra de votos e migração em peso de eleitores entre diferentes cidades. Mapeamento feito pela Folha de São Paulo em 82 municípios brasileiros, a partir de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e de prisões feitas pela Polícia Federal (PF), mostram discrepâncias no processo eleitoral, tais como a diferença gritante entre o número de habitantes e o de votantes. Mangaratiba (RJ), na Costa Verde, é o exemplo mais descarado disso.

  

Mangaratiba (RJ) é campeão em transferência massiva de eleitores de outros municípios. São mais de 46.874 votantes registrados em comparação a 41.220 moradores, de acordo com o Censo 2022. Apenas nos primeiros meses de 2024, mais de 5,5 mil pessoas procuraram a Justiça Eleitoral para transferir o domicílio eleitoral. Desse total, quase 1,5 mil tiveram o pedido negado devido à inconsistência de dados. Os eleitores seriam oriundos de bairros da Zona Oeste do Rio – onde o candidato eleito é vice-presidente da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel – e de Seropédica, na Baixada Fluminense. O caso foi noticiado há algumas semanas no Fantástico, da TV Globo, e com novidades divulgadas pelos telejornais locais da emissora.

 

Segundo a reportagem do canal televisivo, no suposto esquema os eleitores teriam recebido R$ 100 em ajuda de custo para transporte mais R$ 150 por votarem no candidato governista Luiz Cláudio (Republicanos-RJ), que foi eleito e que nega as acusações. Somente nas novas sessões que foram abertas, por conta da transferência massiva de eleitores, o candidato vencedor teve quase o dobro de votos em relação ao opositor, o ex-prefeito Aarão Brito (PP-RJ), sendo 3.762 a 2.074 votos, respectivamente.

  

O caso de Mangaratiba é um dos mais peculiares e não dá para a Justiça Eleitoral fazer vista grossa, porque uma promotora eleitoral flagrou da janela de seu gabinete uma conversa entre um servidor e um eleitor acerca de um esquema para corromper o processo eleitoral.

  

Outro caso suspeito é o de Divino das Laranjeiras (MG), com 4.178 habitantes e 4.968 eleitores, conforme balanço da Folha de São Paulo. Muitas das cidades suspeitas de fraude eleitoral analisadas pelo periódico paulista têm menos de 10 mil eleitores.

  

Casos como esses mostram que, no Brasil, as eleições não são apenas uma questão de democracia, mas de polícia também, sendo achincalhadas pela sede de poder de certos políticos. Os eleitores que participam desse tipo de maracutaia não devem ser considerados vítimas, e sim cúmplices, e precisam ser responsabilizados da mesma forma que os candidatos beneficiados.

 

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