“Somos feitos para o Céu”, MORRE O PAPA FRANCISCO
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Atualizado: há 3 dias

O mundo se une em luto ao receber a notícia da morte do Papa Francisco. Sua partida, em um momento tão crítico para a humanidade, deixa um vazio imenso, mas também uma rica herança de ensinamentos e ações que moldaram a Igreja Católica e inspiraram milhões ao redor do mundo.
“Aqui, estamos de passagem. Somos feitos para o Céu”, exortou o Papa Francisco em maio de 2020, no Regina Coeli, e pediu aos fiéis que não se esqueçam: “A morada que nos espera é o Paraíso. Somos feitos para a vida eterna, para viver para sempre”
Trajetória e Ordenação Sacerdotal
Jorge Mario Bergoglio nasceu em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, Argentina.
Desde jovem, ele sentiu o chamado para o sacerdócio e, em 1958, ingressou na Companhia de Jesus. Foi ordenado sacerdote em 1969 e rapidamente se destacou por seu trabalho pastoral nas comunidades carentes, promovendo uma Igreja comprometida com os necessitados.
Em 1992, Bergoglio foi nomeado bispo auxiliar de Buenos Aires e, em 1998, tornou-se arcebispo da diocese. Sua liderança foi marcada por um forte compromisso com a justiça social, o diálogo inter-religioso e uma abordagem pastoral que priorizava a inclusão. Sua preocupação constante com os pobres e marginalizados se tornou uma característica distintiva de seu ministério.
A Ascensão ao Papado
Em 13 de março de 2013, após a renúncia do Papa Bento XVI, Bergoglio foi eleito Papa, adotando o nome de Francisco em homenagem a São Francisco de Assis. Desde o início de seu papado, Francisco fez questão de enfatizar a humildade e a simplicidade, buscando estabelecer uma conexão direta com os fiéis e promovendo uma Igreja mais próxima do povo.
Legado do Papa Francisco
O legado do Papa Francisco é vasto e multifacetado. Ele foi um defensor incansável dos direitos humanos, especialmente dos migrantes e refugiados, e se posicionou firmemente contra as injustiças sociais e a desigualdade. Sua encíclica “Laudato Si'”, publicada em 2015, abordou a crise ambiental e a necessidade de uma responsabilidade coletiva em relação à criação, ressoando fortemente em um mundo cada vez mais afetado por mudanças climáticas.
Francisco também promoveu um diálogo inter-religioso sem precedentes, buscando construir pontes entre diferentes tradições espirituais e enfatizando a importância da paz e da compreensão mútua. Seus encontros com líderes religiosos de diversas crenças foram marcos significativos em sua busca por um mundo mais unido.
Além disso, o Papa Francisco foi um defensor da misericórdia, destacando a necessidade de um coração aberto ao perdão e à compaixão. Durante o Jubileu da Misericórdia em 2016, ele convidou todos os católicos a viverem essa experiência, promovendo uma renovação espiritual dentro da Igreja.
Desafios e Controvérsias
Apesar de seu impacto positivo, o Papa Francisco enfrentou desafios significativos, incluindo críticas de setores conservadores da Igreja e a luta contra os escândalos de abuso sexual que abalaram a confiança pública. Sua abordagem reformista, no entanto, buscou trazer transparência e responsabilidade, enfatizando a necessidade de proteção das vítimas e da justiça.
A morte do Papa Francisco marca o fim de uma era, mas seu legado perdurará. Como um verdadeiro “assessor de Pedro”, ele navegou pelos desafios dos tempos modernos com coragem e compaixão, sempre buscando uma Igreja que estivesse em sintonia com as necessidades do mundo. Suas lições de amor, inclusão e responsabilidade social servirão de guia para futuras gerações de líderes e fiéis.
Enquanto o mundo se despede de um dos líderes mais influentes da Igreja Católica, a mensagem de Francisco continua a ressoar: a importância de uma fé que se manifesta em ações concretas de amor e solidariedade, sempre voltada para os mais necessitados. Sua vida e ministério permanecerão como um farol de esperança em tempos de incerteza, inspirando todos a continuar sua missão de paz e justiça.
A morte, segundo o Santo Padre
O Pontífice em uma de suas exortações no ano de 2020, disse: “A morada que nos espera é o Paraíso. Aqui estamos de passagem. Somos feitos para o Céu, para a vida eterna, para viver para sempre. Para sempre: é algo que agora não conseguimos imaginar. Mas é ainda mais bonito pensar que esse para sempre será na alegria, na plena comunhão com Deus e com os outros, sem mais lágrimas, rancores, divisões e perturbações”.
“Mas como chegar ao Paraíso? Qual é o caminho?”, perguntou o Papa. Eis a frase decisiva de Jesus hoje: “Eu sou o caminho”. “Para subir ao Céu o caminho é Jesus: é ter um relação viva com Ele, é imitá-lo no amor, é seguir os seus passos. E eu, cristão, posso me perguntar: “Qual caminho devo seguir?” Existem caminhos que não levam ao Céu: os caminhos da mundanidade, os caminhos da autoafirmação, os caminhos do poder egoísta. E há o caminho de Jesus, o caminho do amor humilde, da oração, da mansidão, da confiança, do serviço aos outros. Não é o caminho do meu protagonismo, é o caminho de Jesus protagonista da minha vida. É seguir em frente, todos os dias, dizendo-lhe: “Jesus, o que você acha dessa minha escolha? O que você faria nessa situação, com essas pessoas?”.
O Santo Padre concluiu dizendo: “Fará bem a nós perguntar a Jesus, que é o caminho, as indicações para o Céu.
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